sexta-feira, 23 de novembro de 2012

MOOC

O que é MOOC?

discussão no blog MOOC EaD

MOOCS: Virtudes e Limitações

e a entrevista da Andreia Inamorato com o George Siemens (em inglês):



Fonte: http://moocead.blogspot.com.br/2012/10/o-que-e-um-mooc_11.html

MOOC

How to Catch Light in a Web
How to Catch Light in a Web
utilizada como ilustração do modelo de MOOC para a prática digital em: McAULEY, Alexander et al. Massive open online courses: digital ways of knowing and learning.

“Os MOOC representam experiências de aprendizagem realmente inovadoras. Vão além das experiências iniciais e limitadas de mudança na educação, como OCW (Open Course Ware), baseadas ainda em objetos de aprendizagem isolados e sem pedagogias concretas associadas, e incluem não apenas mudanças na forma de compreender o conteúdo, mas também propostas metodológicas e novos papéis para os dinamizadores e participantes. Afirma-se, nesse caso, de forma explícita, que nem Stephen Downes nem George Siemens, seus responsáveis, desempenham papéis de instrutores tradicionais, mas que são simplesmente nós em uma rede maior.” (HERNÁNDEZ, Dolors Reig. Un mundo de medios sin fin: cambios en aprendizaje, Facebook y la apoteosis de las aplicaciones expresivas).
Um MOOC (Massive Open Online Course) é, como a própria sigla indica, um curso online (que utiliza diversas plataformas web 2.0 e redes sociais), aberto (gratuito e sem pré-requisitos para participação, mas também sem emissão de certificado de participação) e massivo (oferecido para um grande número de alunos e com grande quantidade de material).
A essência dos MOOCs é o espírito da colaboração: além de utilizar conteúdo já disponível gratuitamente na web, boa parte é produzida, remixada e compartilhada por seus participantes durante o próprio curso, em posts em blogs ou fóruns de discussão, recursos visuais, áudios e vídeos, dentre outros formatos. Assim, como afirmam McAuley, Stewart, Siemens e Cormier, em Massive open online courses: digital ways of knowing and learning, o MOOC se constrói pelo envolvimento ativo dos alunos que auto-organizam sua participação em função de seus objetivos de aprendizagem, conhecimentos prévios e interesses comuns. Nesse sentido, possuem pouquíssima estrutura, quando comparados com cursos online oficiais e formais, que muitas vezes começam com o conteúdo e até as atividades prontos – a ideia é que o próprio programa emirja das interações entre seus participantes.
Por isso, os MOOCs têm contribuído para redefinir a própria noção de curso e a relação entre alunos e professores: a responsabilidade pelo ensino fica distribuída por toda a classe, não apenas nas mãos do professor.
Os MOOCs incentivam ainda a construção de PLEs (Personal Learning Environments), já que o aluno escolhe, de um amplo cardápio, o que e quando quer aprender e de que atividades e ferramentas quer participar, ao contrário da educação tradicional, na qual em geral todos os alunos precisam realizar as mesmas tarefas ao mesmo tempo.
Por tudo isso, um MOOC possibilita uma educação online interativa e colaborativa, com baixo custo e oferecida em larga escala, o que para muitos críticos parecia impossível, justificando os modelos fordistas enlatados de EaD.
Mas há também problemas e desafios a serem superados: a falta de estrutura e objetivos de aprendizagem pode gerar uma sensação de confusão e falta de orientação; a falta de interação constante com o professor pode resultar numa sensação de falta de guia e direção; a falta de domínio básico de informática e mesmo do uso de ferramentas distribuídas em rede podem exigir uma curva de aprendizado inicial; o alto nível de ruído de conversas simultâneas pode gerar uma sobrecarga cognitiva; e o alto nível de autonomia e autorregulação da aprendizagem exigido dos alunos pode impulsionar a evasão (termo que, entretanto, talvez nem faça sentido utilizar, no caso dos MOOCS, já que os alunos podem se interessar apenas por parte do curso). Como afirmam McAuley et al, a participação em um MOOC é emergente, fragmentada, difusa e diversa, e pode ser frustrante – não é diferente da vida!
Diz a lenda que a expressão MOOC foi criada em 2008 por Dave Cormier e Bryan Alexander, apesar de antes já terem sido oferecidos cursos online abertos, como o Educamp, na Colombia, coberto por Diego Leal em Aprendizaje en un mundo conectado: cuando participar (y aprender) es «hacer clic».
No final de 2008, George Siemens e Stephen Downes ofereceram o que teria sido o primeiro MOOC: Connectivism and Connective Knowledge, com mais de 2.000 inscritos, que estudava o conectivismo e se repetiu em 2009 e 2011.
Antonio Fini, em The Technological Dimension of a Massive Open Online Course: The Case of the CCK08 Course Tools, analisou a experiência do ponto de vista de alguns alunos. A principal razão indicada para o abandono do curso foi a falta de tempo, associada em menor grau a barreiras de linguagem, fuso horário e falta de habilidades em TICs. Experiências de aprendizagem informal como os MOOCs competem com outras atividades para a alocação de tempo pessoal. Nesse sentido, por mais contraditório que possa parecer, os alunos preferiram utilizar uma ferramanta web 1.0 passiva – Daily, uma newsletter que apresentava um resumo já filtrado pelo professor e distribuído por uma lista de emails (mas que tomava menos tempo) do que discussões interativas em fóruns no Moodle e blogs, redes sociais, Pageflakes e Second Life (que tomariam mais tempo). A maioria das ferramentas web 2.0 e redes sociais foram consideradas pouco úteis, confusas e desorganizadas pelos alunos.
Baseando-se nos resultados dessa análise, Fini recomenda que MOOCs escolham com cuidado as interfaces em função de sua usabilidade, indiquem os objetivos pedagógicos de cada ferramenta oferecida e deixem claro que os alunos podem escolher as ferramentas que preferem utilizar.
Mark Mackness e Roy Williams, em The ideals and reality of participating in a MOOC, encontram contradições similares nos resultados do mesmo MOOC.
Mas várias outras experiências já foram realizadas, depois desta facilitada por Siemens e Downes:


  • PLENK 2010 – Personal Learning Environments Networks and Knowledge (2010)
  • Change.MOOC – Change: Education, Learning, and Technology! (2011)
  • Creativity and Multicultural Communication (2011)
  • eduMOOC – Online Learning Today and Tomorrow (2011)
  • DS106 – Digital Storytelling (2011)
  • Introduction to Artificial Intelligence (2012), oferecido pela Stanford University, um pouco diferente dos demais pois tem um programa definido com conteúdo e avaliações, e, além de um fórum de discussão, estar baseado na aprendizagem individual, não social.
  • The Georgia Tech MOOC (2012), que apresenta diferentes pesquisadores, em cada semana, discutindo tecnologia educacional.
  • Para saber mais sobre MOOCs, cf. além dos links já apresentados:


  • O verbete na Wikipedia
  • 7 Things you should know about MOOCs – Educause Learning Initiative, November 2011
  • Um guia com a teoria e história dos MOOCs
  • Outro guia, com orientações para a elaboração de um MOOC – baseado na experiência do MobiMOOC(ourse), que foi analisada em Using mLearning and MOOCs to understand chaos, emergence, and complexity in education
  • A Brief Guide To Understanding MOOCs, de K. Masters, que traz dicas muito interessantes para um professor que quer organizar um MOOC
  • 2 apresentação do Downes
    e alguns vídeos
    O que é um MOOC

    Como um aluno pode obter sucesso em um MOOC

    O conhecimento em um MOOC

    Fonte: http://joaomattar.com/blog/2012/03/24/mooc/

    Traduções? Veja em DICAS :)

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