sábado, 18 de maio de 2013

Caracteres (como adaga dupla) e seu significado

Para que serve o caractere "¬"?- por Victor Bianchin

¬ NEGAÇÃO
O "¬" se chama negação e é um sinal usado na matemática e na lógica. Ele é colocado antes de uma proposição (fórmula matemática específica da área de lógica) para apontar se ela é falsa ou verdadeira. O "¬" também pode ser chamado de "negação lógica" e de "não lógico". Fora isso, o caractere é bastante utilizado na internet como emoticon, seja no formato "¬_ ¬", seja simplesmente "¬¬", indicando irritação, chateação ou falta de paciência.
NO TECLADO
Conheça o significado de caracteres estranhos que, como o "¬", às vezes aparecem por aí
¶ MARCA DE PARAGRAFO
Esta marca, que costuma aparecer em documentos com problemas de formatação, é bem antiga e já era usada pelos escribas no início de um parágrafo ou de uma seção de texto principal, assim como nos dias de hoje. Também é conhecida como "pacote" ou "pé de mosca", em português, e como pilcrow, em inglês
| BARRA VERTICAL
É um símbolo matemático que geralmente indica valor absoluto, mas que também pode ter outros sentidos em áreas específicas. Também chamada de "cesura". Na internet, a barra vertical, a barra inclinada (/) e a barra invertida (\) são os caracteres mais usados para fazer os contornos de desenhos e emoticons
Æ LETRAS AE CONTRAÍDAS
É uma junção entre as letras A e E. Faz parte de alguns alfabetos europeus, como dinamarquês, norueguês, anglo-saxão e nórdico antigo. Também já foi utilizada no latim e no inglês. Na língua inglesa, a dificuldade para reproduzir este caractere levou à sua substituição em algumas palavras por "ae" ou só "e"
‡ ADAGA DUPLA
Utilizada como marca de referência de notas de rodapé. Também é chamada de "diesis" ou "obelisco duplo". Existe uma versão deste caractere com uma adaga, usada para marcar o ano ou nome de pessoas falecidas
§ SEÇÃO
São duas letras S juntinhas. O caractere é utilizado principalmente em estatutos e códigos legais, quando seções particulares são citadas. No Brasil, criou-se a prática de associar o símbolo de seção aos parágrafos dos documentos, transformando-o também em um sinal de parágrafo
¦ BARRA VERTICAL QUEBRADA
Pode ser usada do mesmo jeito que a barra vertical e não tem nenhum sentido próprio específico. Mesmo não tendo muita utilidade, a barra possui nomes de sobra: "slash vertical", "vertibarra" e "linha divisora", entre outros
∫ INTEGRAL
É símbolo matemático, muito importante no cálculo. Pode aparecer repetido duas ou três vezes em uma mesma conta. Este símbolo deriva do "S longo", um caractere antigo que também serve de base para a letra ß do alfabeto alemão
HERA
É um ornamento no formato de folha de hera. Em inglês, é conhecido como floral heart ou hedera. É um antigo ornamento tipográfico, podendo ser encontrado em inscrições gregas antigas
SÍMBOLO GERAL DE MOEDA
Também conhecido como "Sputnik", este símbolo não possui uma função real. Em inglês, este caractere chama-se louse, que vem do alemão Fizlaus e significa "piolho-do-púbis"
MÍCRON
O símbolo vem de uma letra grega: é o diminutivo de M, chamado de miu. Foi adotado pela matemática como símbolo do mícron, que representa a milésima parte do milímetro. Apesar de estar virando uma prática comum, é errado usar o μ sozinho. A abreviação correta do mícron é μm

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Celular sem sinal faz ligação de emergência?

Como um celular sem sinal faz ligação de emergência? - por André Bernardo
Na verdade, não faz. Sem sinal, nenhum celular, de qualquer operadora, pode fazer uma ligação. O que pode acontecer é o aparelho realizar uma chamada de emergência por meio de outra operadora disponível no local. "Isso é possível porque a maioria dos celulares opera na mesma frequência, em torno de 1 800 MHz. É como o rádio, que capta o sinal de outras emissoras da região, bastando sintonizar", explica Almir Meira Alves, professor de redes de computador e telefonia da Fiap. Quando aparece a mensagem "somente emergência", isso significa que há outras redes por perto e, se precisar de ajuda, basta discar 190 ou 112 – a ligação será redirecionada para a Polícia Militar da região.
Não é preciso ter crédito para realizar esse tipo de chamada e não há custos adicionais. Segundo a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), o serviço que permite o encaminhamento das chamadas de emergência por meio de um roaming entre as operadoras é totalmente gratuito.

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Sabe quantos megapixels tem nosso olho?

Quantos megapixels tem o olho humano. - por Tarso Araújo
Nosso olho não funciona exatamente como uma câmera, mas dá para dizer que a resolução máxima que ele alcança é próxima de 250 megapixels. A câmera digital cria arquivos de imagem compostos de milhões de pontos. Cada ponto é um pixel e, para a câmera registrá-lo no seu "negativo" - o CCD (dispositivo de carga acoplada) -, entra em ação o photosite, o componente fotossensível das câmeras digitais. Ou seja: uma câmera que usa 1 milhão de photosites registra 1 milhão de pixels, ou 1 megapixel.
No olho humano, o papel do photosite é desempenhado por cones e bastonetes, dois tipos de células fotossensíveis distribuídos ao longo da retina. Nos dois olhos temos cerca de 250 milhões dessas células e, portanto, podemos captar 250 milhões de pontos luminosos. Ou 250 megapixels. Mas, na prática, a coisa não é tão simples. "A visão em alta resolução forma-se apenas na fóvea, região que corresponde a um centésimo da área da retina", diz o neurofisiologista Renato Sabbatini. Isso não significa que basta dividir o número de megapixels por cem, porque a distribuição dos cones e bastonetes na retina não é uniforme como os photosites no CCD. Para complicar ainda mais, no olho há a chamada interpolação: as imagens captadas por duas células são entrelaçadas. "Isso aumenta absurdamente a resolução da nossa visão", diz Sabbatini.

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Boletim Eletronico - Proex - n 18 - Maio/2013 UFJF



Oportunidade

A Pró-reitoria de Extensão publicou lista com os candidatos selecionados para o curso de inglês do Programa Boa Vizinhança, assim como a ordem de prioridade para a chamada de excedentes, em casos de desistência. O sorteio público, que definiu os selecionados, foi realizado no último dia 9 na Faculdade de Direito.



Saúde

A radioterapia é um tratamento pouco conhecido pelas pessoas, inclusive pelos portadores de câncer que precisam se submeter a esse procedimento. Com o objetivo de esclarecer as principais dúvidas e informar sobre o método, foi criado há um ano o projeto de extensão ''Tirando os estigmas da radioterapia frente ao paciente oncológico''. A iniciativa atende os pacientes do ambulatório oncológico do HU. Ao todo, 80 pessoas já passaram pela ação desde sua criação.



Valadares

Governador Valadares sediará entre os dias 03 e 04 de junho a '' I Jornada Acadêmica de Ciências da Saúde: a Interdisciplinaridade, Saberes e Perspectivas''. O evento, coordenado pela professora do Instituto de Ciências Biológicas (ICB), Luciana Hoffert, será realizado na Universidade do Vale do Rio Doce (Univale) e oferecerá aos discentes e docentes pesquisadores da área a oportunidade de expor suas linhas de pesquisa.



Extensão

A Pró-reitora adjunta de extensão, professora Maria Lúcia Polisseni, esteve presente no XXXIII Encontro Nacional do Forproex, realizado entre 06 e 08 de maio. ''Políticas Afirmativas e Juventude'' foi o tema do encontro deste ano, cujo principal objetivo foi estimular discussões que possibilitem a articulação de políticas extensionistas voltadas para o exercício da cidadania e para a transformação social.

Agenda
- 17/05 – I Seminário de Inclusão Social e Cidadania de Juiz de Fora
- 23/05 a 24/05 – III Jornada Interdisciplinar de Saúde da Mulher
- 27/05 a 28/05 – IV Congresso Internacional Sobre Drogas
- Até 21/06 – Resultado definitivo do edital Proext 2014

Gentilmente enviado por email. 

terça-feira, 14 de maio de 2013

Videoaulas gratuitas da Unicamp


Unicamp lança site com videoaulas gratuitas

Parece que as universidades brasileiras estão realmente de olho no movimento, que tem ganho força internacionalmente, de oferecer conteúdos gratuitamente pela internet. A Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) é uma delas e lançou hoje o portal e-Unicamp, uma plataforma aberta com conteúdos livres e gratuitos produzidos pelos professores da instituição. O portal entrou no ar com 50 videoaulas de diferentes cursos da graduação e pós-graduação, animações e um banco com mais de mil imagens. “Desde que a internet surgiu, a gente vê o quanto é difícil manter algo fechado. Precisamos abrir todos os conteúdos. Isso é uma coisa fantástica, já que permite às pessoas o acesso a arte, cultura e ciência”, afirma Vera Solferini, professora da Unicamp responsável pelo projeto.
Segundo Solferini, a iniciativa de criar o portal surgiu há pouco mais de um ano, quando, em conjunto com uma equipe de professores, decidiu reunir diferentes conteúdos produzidos na universidade em um só local. Ao fazer isso, esperava fortalecer relações dentro da própria instituição ao mesmo tempo em que disponibilizar para a sociedade o conhecimento produzido na universidade. “O portal nasce como uma forma tanto para estimular o uso de tecnologias educacionais para criar novos relacionamentos entre docentes e alunos da Unicamp como também para abrir o que é produzido dentro da universidade de forma simples e gratuita para todas as pessoas”, completa.
crédito pilarts / Fotolia.com
 
Na plataforma, os conteúdos estão separados por três editorias: e-imagens, e-animações e e-vídeos. No futuro, além de expandir os materiais que já existem nessas categorias, também serão criadas novas abas para disponibilizar outros tipos de documento, como apostilas e PDFs. Em cada uma delas, o usuário pode buscar diferentes tipos de informação, que passam pelas áreas de exatas e tecnológicas, ciências da terra, biológicas e humanas, artes e até as profissões da saúde.
Para estimular e ajudar os professores da Unicamp na produção dos conteúdos multimídia, o GGTE (Grupo Destor de Tecnologias Educacionais), em parceria com o portal e-Unicamp, disponibiliza uma ferramenta para ajudar os docentes na criação dos materiais on-line. Por meio do ToolDo, um software livre (open source), os educadores podem criar conjuntos de páginas web – como se fossem sites individuais de cada aula –, que podem ser acessados e utilizados na internet sem a necessidade de qualquer instalação de software. Depois de finalizados, os conteúdos, que viram urls (endereços eletrônicos), são indexados ao portal e-Unicamp.
Por enquanto, diferentemente do que ocorre em experiências internacionais, ainda não estão disponíveis cursos inteiros, a plataforma não é dotada de algoritmos que fornecem feedback imediato nem há a intenção de que as aulas assistidas valham créditos. A intenção, por ora, é compartilhar conteúdo produzido pela e na Unicamp. “Estão surgindo cada vez mais portais de transparência e outras iniciativas de instituições que estão abrindo seus conteúdos, como o próprio edX [plataforma lançada por Harvard e MIT]. Acredito que seja uma tendência muito forte”, afirma.
Por isso, todo o conteúdo está sob licença creative commons, ou seja, estão abertos para que os interessados possam compartilhá-los e até editá-los, desde que sejam destinados exclusivamente para fins educativos. “No portal, há muita coisa que pode ser usada por professores para o ensino médio, já que eles podem baixar todos os conteúdos e adaptá-los para suas aulas”, assegura Solferini.
Fonte: http://porvir.org/porcriar/unicamp-lanca-site-videoaulas-gratuitas/20130429

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Formação de professores


Coursera cria seção só para formação de professores

Tablet na sala de aula, cursos on-line gratuitos, arquivos na nuvem, redes sociais. Em meio a tantas inovações, muitos educacores devem se sentir meio confusos de por onde começar. Para ajudá-los a lidar com a chegada dessas novidades, o Coursera vai oferecer, a partir de julho, uma nova categoria de cursos gratuitos para formação de professores do ensino fundamental e médio. As aulas serão realizadas em parceria com sete tradicionais escolas, incluindo a Faculdade de Educação da Universidade de Washington, a Universidade da Califórnia e a Faculdade de Educação da Universidade John Hopkins. Além disso, a plataforma anuncia uma nova rede de instituições de ensino e museus, incluindo o Museu Americano de História Natural (AMNH), o Commonwealth Education Trust, o Exploratorium (museu de ciência, arte e percepção humana) e o Moma (Museu de Arte Moderna) de Nova York.
“Ajudar professores a melhorar suas habilidades é uma contribuição importante que podemos dar para a educação de estudantes de todo o mundo. Estamos muito empolgados com as possibilidades que esses cursos online e gratuitos podem trazer para professores, escolas e cidades”, diz Julia Stiglitz, que supervisiona o desenvolvimento de negócios e parcerias no Coursera.
crédito stokkete / Fotolia.comCoursera lança série de cursos voltados à capacitação de professores
 
Serão 28 opções de cursos. A primeira delas, chamada Arte e Investigação: Estratégias do Ensino do Museu para a Sala de Aula, ministrado pelo Moma, já tem data marcada para começar: 29 de julho. Entre os outros cursos estão Primeiro Ano de Ensino – Sucesso Desde o Começo, do New Teacher Center, uma organização sem fins lucrativos norte-americana dedicada à capacitação de professores; Genética e Sociedade – Um curso para educadores, do Museu Americano de História Natural; Fundamentos para o Ensino Virtual, da Universidade da Califórnia; e Engajando os Estudantes por meio do ensino colaborativo, da Faculdade de Educação da Universidade John Hopkins. Eles terão duração de 3 a 4 semanas e o Coursera planeja emitir certificados de realização para os professores.
O fato de o Coursera ter, pela primeira vez, endereçado um público não universitário trouxe à tona a discussão sobre a possibilidade de a plataforma oferecer cursos também para alunos do ensino médio. Por enquanto, garante o Coursera, não existem planos para criar Moocs para estudantes do ensino médio. Mas eles dizem não ser impossível que eles mudem de ideia.
Boas notícias para o Brasil
A Fundação Lemann firmou uma parceria com o Coursera para traduzir o conteúdo da plataforma para o português. Por enquanto, serão traduzidos 12 cursos:
- Pense Novamente: como Raciocinar e Argumentar
- Introdução à Filosofia
- Desenvolvimento de Ideias Inovadoras para Novas Empresas
- Psicologia Social
- Guia do Comportamente Irracional para Iniciantes
- Pensamento Crítico em Desafios Globais
- Fundamentos de Estratégia de Negócios
- Fundamentos para Planejamento de Finanças Pessoais
- Introdução a Finanças
- Introdução à Fisiologia Humana
- A Escrita nas Ciências
- Teoria do Jogos
A Fundação está convidando pessoas que dominam a língua inglesa para colaborar na tradução do conteúdo. Esses tradutores voluntários vão receber certificado emitido pela Fundação Lemann e Coursera, e terão a contribuição mencionada nos créditos finais do vídeo. Para se inscrever, basta preencher um formulário até o dia 15 de junho e aguardar a resposta.
Fonte: http://porvir.org/porfazer/coursera-cria-secao-so-para-formacao-de-professores/20130503

domingo, 12 de maio de 2013

ONG recruta universitários para ensinar inglês

ONG recruta universitários para ensinar inglês

Nada de ficar no verbo to be. Crianças e adolescentes de oito comunidades de baixa renda em São Paulo e no Rio de Janeiro estão aprendendo língua inglesa a partir da cultura e arte locais, como tocar violão, produzir pinturas, criar bonecos. O aprendizado tem abordado também aspectos de caráter mais profissionalizante, como montar um currículo, escrever e-mails e realizar chamadas telefônicas. O curso, que é praticamente gratuito, é realizado pela ONG Cidadão Pró-Mundo, na qual estão envolvidos 300 jovens voluntários, em sua maioria universitários, que dão aulas com o apoio de materiais didáticos e de formação dada pela Cambridge University Press, parceira da organização sem fins lucrativos. A experiência, inclusive, virou um documentário que será lançado hoje, produzido pela People of Change, iniciativa que documenta o trabalho de ONGs e pessoas que desenvolvem ações em comunidades do mundo inteiro.
O filme mostra, a partir da perspectiva dos estudantes, como o aprendizado do idioma inglês vem transformando suas vidas. Essas transformações ocorrem não apenas na parte linguística, mas também os ajudam a se tornarem menos inibidos a falar em público. A Cidadão Pró-Mundo ajuda a desenvolver a autoestima de seus alunos. “Essa iniciativa está permitindo ressignificar a educação não apenas para as crianças e os jovens dessas comunidades, mas para toda a família”, afirma Sarah Morais, coordenadora de projetos da ONG Cidadão Pró-Mundo, que também lança hoje a Campanha Adote um Aluno, que pretende formar uma rede de pessoas que “adotem” alunos dessas comunidades.
crédito drx / Fotolia

A ideia é que os interessados possam contribuir mensalmente com R$ 15 por aluno, R$ 30 por dois alunos-irmãos, uma família R$ 60, ou R$ 300, por uma turma. Atualmente, 800 estudantes participam do curso de inglês. O intuito é ampliar esse número, que, segundo Sarah, tem uma demanda do dobro de vagas oferecidas. A iniciativa nasceu no bairro do Capão Redondo, na zona sul de São Paulo, há 15 anos. De lá para cá, expandiu para outras comunidades: Real Parque e Monte Azul, periferias também na zona sul, e João XXIII, na zona oeste. Além de Diadema, na Grande São Paulo, e em bairros do Rio de Janeiro.
Para participar das aulas, as crianças precisam ter, no mínimo, 11 anos, serem alfabetizadas e oriundas de famílias de baixa renda. Para o custeio dos livros, os estudantes podem pagar uma taxa voluntária de R$ 60.
Antes do início das aulas, os professores participam de treinamentos obrigatórios, na própria unidade de ensino, além de dinâmicas com os próprios alunos.
As aulas acontecem aos fins de semanas em ONGs ou em escolas que desenvolvem programas educativos, como o Escola da Família, na qual estudantes universitários realizam atividades com os estudantes locais”, afirma Sarah. No curso, os estudantes são separados por turmas, de acordo com idade e nível, do básico ao avançado. As aulas acontecem normalmente em meio a conversas relacionadas à sustentabilidade, globalização etc. apoiadas pelo material didático. “O mais importante é o estimulo à própria educação”.
Por meio de rodízios mensais, quatro professores se revezam para dar aulas para uma mesma turma. O programa de ensino é compartilhado por meio do DropBox, sistema que armazena arquivos remotamente. “Isso [a dinâmica de salvar documentos na nuvem] permite que o professor tenha um feedback anterior ao do outro voluntário e consiga acompanhar o desenvolvimento da turma, ou até mesmo de cada aluno”, diz. Antes do início das aulas, os professores participam de treinamentos obrigatórios, na própria unidade de ensino, além de dinâmicas com os alunos.
crédito Divulgação

All Together Now
Uma dessas voluntárias é Beatriz Tavares, que decidiu dividir seu tempo como administradora de sua empresa de roupas e as aulas de inglês, no bairro João XXIII, aos domingos. Incomodada em basear suas aulas apenas no conteúdo dos livros anteriores aos de Cambrigde, Beatriz decidiu criar o projeto Teens, que trabalha o ensino do idioma de maneira mais lúdica.
Como parte da metodologia estão encenações teatrais por meio de situações cotidianas. “Fazia muito mais sentido ensiná-los que gato se chama cat, em inglês, quando percebemos ele tinha um animal em casa. Notamos também que era necessário um ensino mais estimulante, para que as crianças saíssem de suas casas, aos domingos. Elas estavam sem ânimo ao aprender apenas os conteúdos do livro”, afirma Beatriz.
No fim do ano passado, por exemplo, os alunos criaram um videoclipe para revisar os assuntos trabalhados. A partir da música All Together Now, dos Beatles, cada grupo da turma de Beatriz recebeu um conjunto de frases da música nas quais precisavam encenar as cenas que lhe foram propostas. Para isso, além de aprender a música e seu significado, reviram os temas e elaboraram encenações para ilustrar a canção. “Foi um jeito divertido de aprender o idioma, além de permitir às crianças que se tornem agentes do próprio aprendizado”, diz Beatriz.